Fruto da polarização da época da Guerra Fria, a península da Coréia, localizada no leste da Ásia, foi dividida em duas nações politicamente opostas: no sul a capitalista República da Coréia do Sul, no norte a comunista República Popular Democrática da Coréia do Norte.
Fundação: Os coreanos descendem de tribos migratórias do centro e do norte da Ásia. O primeiro reino da Coréia foi fundado no ano de 2333 a.C., após uma aliança de diferentes tribos da região. Dan-Gun, o fundador desse reino é considerado o pai da civilização coreana.
Ataques da China: A península sofreu constantes ataques da China, país que dominou até o ínicio do século XX. Em 1910, o Japão anexou a península a seus domínios após vencer a guerra contra a Rússia (1904-1905). Na época, ambos países lutavam para expandir seus interesses na Ásia.
Japão: Os japoneses impuseram a Coréia uma fez dominação. O ensino do idioma coreano foi substituído pelo ensino do idioma japonês e houve uma brutal repressão militar no país.
Os Soviéticos: No final da Segunda-Guerra Mundial, os norte-americanos e soviéticos começaram a disputar territórios do derrotado Japão no Pacífico e na Ásia. A reivindicação do país, em agosto de 1945, levou à imediata divisão da península em duas áreas de ocupação. Com a desculpa de "garantir a liberdade da Coréia", os EUA passaram a administrar a parte sul do país, enquanto os soviéticos a região mais ao norte do país.
Independência: Apesar de haver um consenso entre os países vencedores da 2ª Guerra que a Coréia deveria ser um país independente, não houve acordo de como isso aconteceria. Sem uma solução imediata à vista, os americanos mandaram a questão da península coreana a recém criada ONU, Ex-Liga das Nações.
Divisão: Então em 1948 ficou decidido que a Coréia permaneceria dividida em duas nações (politicamente opostas). A tensão na região aumentava a cada dia. Ambos os lados se sentiam ameaçados pelo outro.
A Guerra: No dia 25 de junho de 1950, o exército da Coréia do Norte atacou as bases militares do sul, dando ínicio à Guerra da Coréia. Em poucas semanas, o norte já havia dominado quase toda a península.
ONU: Os Estados Unidos exigiram que a ONU tomasse alguma providência em relação ao ataque e entraran na guerra vestindo o uniforme da ONU. No final de 1950, tropas americanas e sul-coreanas conseguiram brecar o avanço dos norte-coreanos na cidade de Pulsan, no extremo sul da península.
Os americanos: Com a ajuda americana, os sul-coreanos avançaram até o norte e chegaram na fronteira com a China, o motivo que levou o governo chinês a entrar na guerra também. Com a ajuda dos chineses os norte-coreanos empurram as tropas americanas e sul-coreanas de volta para o sul. No dia 6 de dezembro, eles recuperaram Pyongyang (hoje capital da Coréia do Norte) e antes do fim do mês retormaram novamente Seul.
Seul: Os novos enfrentamentos americanos, e sul-coreanos voltaram a conquistar Seul. No dia 27 de julho de 1953 os ataques cessaram.Os mortos: A guerra provocou a morte de mais de 3 milhões de civís coreanos e deixou milhares de desabrigados. Cerca de 1 milhão de chineses e mais de 50 mil americanos, que entraram na guerra, também morreram durante o conflito.
Coréia do Sul: A Coréia do Sul experimentou, a partir dos anos 60, um notável crescimento econômico, tornando-se, em pouco mais de 30 anos, um caso de sucesso entre os chamados países em desenvolvimento. Logo após a guerra com os norte-coreanos, o PIB do país era comparável ao das nações mais pobres da África. Hoje, a Coréia do Sul tem um padrão de vida semelhante ao de alguns países europeus.
Coréia do Norte: Na Coréia do Norte, o governo comunista desenvolveu ao longo dos anos, uma política militarista, com polêmico programa nuclear que continua provocando atritos com a comunidade internacional. O isolamento do país acabou por determinar o empobrecimento da população. O governo, por outro lado, argumenta que não há analfabetos no país e que o sistema de saúde estatal atende a toda população.